04/04/2011 - 19:01
Denise Pereira
A Prefeitura de Campinas, em ação conjunta da Secretaria de Transportes, por meio da Empresa Municipal de Desenvolvimento de Campinas, e as secretarias de Infraestrutura, de Serviços Públicos e de Planejamento e Desenvolvimento Urbano, cadastrou na sexta-feira, dia 1º de abril, o Plano de Mobilidade Urbana da cidade, pleiteando recursos dentro do Programa de Aceleração do Crescimento – PAC-II da Mobilidade Urbana – Grandes Cidades, para a implantação de infraestrutura de transportes – corredores exclusivos e preferenciais em Campinas.
O município pleiteia recursos na ordem de R$ 430 milhões, valor definido no PAC para cidades que têm de 1 a 3 milhões de habitantes.
O Plano de Mobilidade Urbana de Campinas prevê a implantação de dois corredores exclusivos à esquerda para a operação de Bus Rapid Transit (BRT) nos eixos Ouro Verde e no Campo Grande – sistema que operará com ônibus biarticulados; interligações entre os corredores, reforma de terminal e do Viaduto Cury, além de um corredor preferencial à direita na Região Norte.
Para o Ouro Verde, estão previstos 21,4 km de corredor exclusivo à esquerda, com cobrança desembarcada e sistema de guiagem ótica ou magnética, que funcionará como um “trilho virtual”, ampliando o controle e confiabilidade de toda operação do transporte. O Corredor ligará o centro ao Ouro Verde, até o Aeroporto de Viracopos.
Já o Corredor Campo Grande, de acordo com o Plano, contará com 17,8 km, também com corredor exclusivo à esquerda.
A estimativa é que os dois corredores juntos transportem 30 mil passageiros/hora pico, podendo chegar a 40 mil, nos próximos 30 anos.
Além dos dois corredores exclusivos, os recursos serão voltados ainda para duas grandes intervenções: ampla reforma do Terminal Ouro Verde para adaptação ao sistema BRT e a reforma do Viaduto Miguel Vicente Cury para atendimento à nova realidade de corredores e integração com o Corredor Central.
Ainda estão definidos no Plano, um corredor preferencial à direita e duas interligações perimetrais, que reduzirão os percursos negativos e diminuirão a demanda nos corredores principais. A primeira interligação será a construção de uma nova via no leito desativado do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT), no trecho entre o Campos Elíseos e a Vila Aurocan; a segunda, trata a ampliação/duplicação da Av. Luís Eduardo Magalhães, entre o Satélite Íris e Jardim Ouro Verde. As duas interligações terão respectivamente 4 e 4,1 km de extensão.
Na Avenida Luís Eduardo Magalhães, segundo a EMDEC, 70% do sistema viário será ampliado; já 30% será totalmente novo, com a construção de nova via.
Corredor Guanabara-Anhumas
Além de todos os investimentos em infraestrutura do transporte na Região Sudoeste, o Plano prevê ainda obras na região Norte, com o Corredor Guanabara-Anhumas. O Corredor terá 5,5 km de extensão, no trecho entre a Rodovia D. Pedro I (próximo ao Shopping Galleria) até a Av. Barão de Itapura.
Este corredor será preferencial à direita e construído com uma via nova no antigo leito da ferrovia, complementando a ligação das avenidas Nossa Senhora de Fátima e Orosimbo Maia.
Próximos passos
Depois do cadastro do Plano da Mobilidade, Campinas realizará a apresentação do projeto, uma vez que os recursos do PAC-II também são reivindicados por cidades como Goiânia, São Luis (MA), Manaus, Guarulhos e Belém (PA). A apresentação será feita junto ao Grupo Executivo do PAC (Gepac), do Ministério do Planejamento; e Secretaria de Mobilidade Urbana (Semob), do Ministério das Cidades. A convocação para a apresentação deve ser feita até 22 de maio.
Na sequência, no dia 1º de junho, acontecerá a pré-seleção dos projetos pelo Ministério das Cidades; e só no dia 12 de junho serão divulgados os projetos contemplados com os recursos do PAC-II da Mobilidade, com a assinatura dos contratos.
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