09/12/2015 - 18:10
A Prefeitura de Campinas oficializou nesta quarta-feira, dia 9 de dezembro, no auditório do Colégio Culto à Ciência, a parceria com a Organização Não Governamental Hospitalhaços para um programa de prevenção à dengue, chikungunya e zika que usará o humor para conscientizar a população sobre formas de evitar criadouros do Aedes aegypti, o mosquito transmissor das doenças. O vice-prefeito Henrique Magalhães Teixeira, o secretário municipal de Cultura, Ney Carrasco, idealizador da iniciativa, e integrantes do Comitê Gestor Municipal de Prevenção e Controle das Arboviroses (nome técnico das doenças) participaram do encontro.
O vice-prefeito elogiou o projeto: “É uma ótima idéia usar os Hospitalhaços para reforçar, de maneira criativa, as ações de combate ao mosquito transmissor da dengue, chikungunya e zika. O humor tem grande potencial de alcançar uma extensa faixa da população e engajar também as crianças nessa campanha”.
Segundo a diretora do Departamento de Vigilância em Saúde, Brigina Kemp, os Hospitalhaços apresentaram sua técnica de atuação nesta quarta-feira para cerca de 600 profissionais de saúde que atuam em campo, como agentes comunitários de saúde e de controle ambiental.
Ela acredita que os novos protagonistas da prevenção estarão atuando ombro a ombro com os profissionais de saúde já nas próximas semanas. Essa abordagem lúdica junto à população se dará dentro do projeto Prefeitura nos Bairros e em outras atividades de educação em saúde.
“Sem opressão”
O secretário de Cultura, Ney Carrasco, de quem partiu a ideia, justifica que o propósito é subverter o caráter algo “opressivo” das campanhas de utilidade pública: “Não vamos mais tentar a conscientização pelo choro, mas pelo riso; a pessoa, sentindo-se menos oprimida por mensagens como 'se você descuidar de criadouros, o mosquito vai te matar', receberá melhor as orientações. E, lógico, o pessoal da saúde continuará passando as dicas práticas e técnicas”, explica Carrasco.
“O grande problema com essas doenças, atualmente, já não é mais a falta de informação, como ocorria há 20 anos, porém muitas pessoas ainda costumam esperar que só o poder público resolva. Mas, tocados pelo humor, essas pessoas tenderão a fiscalizar mais efetivamente, até num pique brincalhão”, complementa.
Embora a iniciativa seja inédita no país, em se tratando de dengue, zika e chikungunya, o secretário ressalta que a Cultura já coprotagonizou outras campanhas de utilidade pública, como as encabeçadas pela Sanasa, durante a crise hídrica. “Tivemos ótimos resultados”, observa Carrasco.
“Pretendemos que programas como esse que vamos começar agora se tornem permanentes na cidade, quaisquer que foram as campanhas de utilidade pública”, conclui o secretário.
A coordenadora municipal do Programa contra Dengue, Zika e Chikungunya, Andrea Von Zuben, afirma: “Essa ideia de implantar uma nova abordagem, de natureza lúdica, junto à população, tem tudo para dar muito certo”.
Hospitalhaços
Fundada em Campinas, em 1999, a Organização Não Governamental Hospitalhaços utiliza a figura do palhaço para levar sorrisos ao ambiente hospitalar. O desafio diário é criar uma atmosfera mais leve, alegre e descontraída para pacientes, familiares e profissionais da área da saúde.
A Ong beneficia hoje mais de 360 mil pessoas anualmente, em 22 hospitais de várias partes do Brasil. O número total de voluntários é de 430 palhaços humanizadores, brinquedistas, pessoal de administração, equipes de apoio, comunicação e triadores (cerca de metade deles atuando em Campinas).
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