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Oficina sobre estratégias de revisão abre nova fase do Plano Diretor 2016

27/08/2015 - 18:02

A Secretaria Municipal de Planejamento de Campinas realizou nesta quinta-feira, 27 de agosto, um worskop sobre “Estratégias Contemporâneas e Instrumentos Inovadores na Revisão do Plano Diretor”. Participaram do encontro, realizado na Sala Azul do gabinete, cerca de 30 servidores municipais das secretarias que integram o Grupo Executivo do Plano Diretor de Campinas: Verde e Desenvolvimento Sustentável; Urbanismo; Transportes; Assuntos Jurídicos e o Gabinete do prefeito.

 

 

A oficina teve três palestras com especialistas em transformações urbanísticas, que discorreram sobre os vários áspectos de desenvolvimento urbano, técnico e jurídico. O arquiteto e urbanista Carlos Leite, consultor em Cidades Sustentáveis, fez uma apresentação sobre as estratégias do Plano Diretor da cidade de Nova Friburgo, na região serrana do Rio de Janeiro, com exemplos de propostas que contemplam uma visão de futuro e que podem ser abordadas também em Campinas.

 

 

Segundo o palestrante, o conhecimento de outros planos de desenvolvimento sustentável pode colaborar para que Campinas reflita sobre o que esperar nos próximos dez anos. Carlos Leite ressaltou a importância dessa reflexão ser feita com a participação da sociedade. “A participação da coletividade é fundamental para pensarmos sobre qual cidade queremos no futuro. É fundamental, também, o envolvimento de todas as secretarias da prefeitura, para a criação de estratégias, instrumentos e as múltiplas centralidades, a fim de pensarmos na Campinas dos próximos 10 anos”, afirmou o urbanista.

 

 

Além do arquiteto Carlos Leite, o cientista social José Police Neto e o advogado Bernardo Chezzi participaram da oficina, abordando legislação e soluções inovadoras nas operações urbanas.

 

 

Segundo o secretário municipal de Planejamento, Fernando Pupo, a realização do worshop é uma das atividades inseridas na etapa de elaboração de propostas para a revisão do Diretor de Campinas. Pupo considera importante que os servidores envolvidos no trabalho conheçam as experiências apresentadas por consultores reconhecidos por trabalhos inovadores e positivos.

 

 

“É importante a participação desses palestrantes reconhecidos pelos seus trabalhos e que trazem experiências para serem discutidas num momento em que encerramos o diagnóstico e passamos a desenvolver propostas para a atualização do Plano Diretor de Campinas”, finalizou.

 

 

Sistematização de Dados

 

 

A sistematização dos dados será aplicada às informações coletadas na enquete aplicada nas oficinas de capacitação e na escuta feita junto à população. O trabalho também englobará os principais assuntos tratados nas oficinas de diagnóstico comunitário, as contribuições produzidas pelo Grupo de Trabalho que participa da revisão do Plano Diretor e os eventos realizados dentro desse processo.

 

 

Os principais assuntos debatidos nas oficinas realizadas junto à comunidade revelaram os problemas, as potencialidades e os desejos dos cidadãos em relação à cidade, a partir dos eixos estruturantes propostos para a elaboração do Plano Diretor Estratégico 2016.

 

 

Em relação ao Ordenamento Territorial, de modo geral, foi solicitada a ampliação dos equipamento públicos, incluindo praças, áreas de lazer e espaços culturais. Na área da Mobilidade, há pedidos de ligações viárias, melhoria no trânsito e qualidade do transporte público, com propostas de implantação de metrô, VLT - Veículo Leve sobre Trilhos, BRT – Bus Rapid Trânsito.

 

 

No eixo Habitação, a solicitação da comunidade foi de celeridade na regularização fundiária e do devido uso das áreas onde houve remoção, com ampliação de recursos e implementação de Zeis – Zonas Especiais de Interesse Social.

 

 

Os eixos do Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico e Inserção Metropolitana também foram debatidos durante as oficinas. Foram relatados a falta de áreas verdes e de lazer, o descarte de lixo nas áreas de APP – Área de Preservação Permanente e a necessidade de implantação de áreas de emprego próximas às regiões destinadas a moradia, por meio da mescla de usos no zoneamento. A integração das ações de saúde e transporte entre os municípios da RMC – Região Metropolitana de Campinas foi outra diretriz mencionada nos debates.

 

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