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A Prefeitura de Campinas, por meio das secretarias municipais de Saúde e de Serviços Públicos, inicia nesta quinta-feira, dia 4 de dezembro, uma megaoperação contra a dengue na região Sudoeste da cidade, em bairros próximos ao Aeroporto de Viracopos. No local, desde agosto, foram registrados 23 casos da doença.

 

Para executar o trabalho, o Departamento de Vigilância em Saúde (Devisa) vai mobilizar cerca de 200 profissionais. As equipes vão atuar em 181 quarteirões, a maioria na abrangência do Centro de Saúde (CS) Aeroporto. Também serão trabalhadas áreas do DIC I e DIC III.

 

A previsão é atuar em aproximadamente 7.200 mil imóveis dos bairros Vila Aeroporto, Aero Aeroporto, Filadélfia, Vila Borghi, DIC V de Março, Carlos Marighela, DIC VI, DIC II, Jociara e Jardim Rosalina. Não necessariamente será trabalhado o bairro todo, mas somente as áreas com transmissão.

 

Os trabalhos incluem inviabilização de criadouros, limpeza de áreas públicas e de córregos, remoção de entulhos, busca ativa de pacientes com sintomas da doença e ações de educação em saúde, comunicação e mobilização social.

Será realizado o bloqueio químico – nebulização com inseticida para matar o mosquito adulto da dengue - nos dias 4, 9, 15 e 19 de dezembro. O bloqueio será veicular, ou seja, com máquina acoplada ao veículo. Existe um outro método de nebulização, que é o com máquina costal.

Esta ação, promovida em parceria com a Superintendência do Controle de Endemias (Sucen), visa bloquear a transmissão e é feita com base em rigorosos critérios técnicos.

 

Orientações para os moradores

Antes do bloqueio químico, as famílias serão orientadas sobre como preparar o domicílio. As informações serão propagadas por meio de um carro de som, que vai passar antes nas ruas a serem trabalhadas, e por folhetos distribuídos nos domicílios.

A nebulização veicular será realizada das 18h às 22h. No momento da aplicação, o morador deve deixar portas e janelas abertas e manter luzes acesas.

A Secretaria de Saúde ressalta que a nebulização não é uma ‘ação milagrosa’ e que o mosquito volta a se proliferar em uma semana nas áreas nebulizadas se as pessoas repuserem criadouros.

 

Segundo médica veterinária e coordenadora de dengue da Vigilância em Saúde (Visa) Sudoeste, Mayana Valinhos Tomáz, a medida mais eficaz no combate à dengue é a eliminação dos objetos que acumulam água, que podem servir de criadouros para o mosquito transmissor. “É imprescindível que a comunidade tenha esta compreensão. O poder público precisa e está fazendo sua parte na limpeza e organização da cidade e nas ações mais específicas de controle da doença. Mas, cada um tem que atuar também e cuidar do seu quintal, da sua rua, do seu bairro, da cidade. O combate à dengue exige o envolvimento da população. É necessário um trabalho conjunto e diário”, diz Mayana.

Após as ações, a Secretaria do Verde, Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável vai promover a recuperação de áreas degradas por meio de plantio de árvores e de outras ações em matas ciliares. A Secretaria de Educação vai desenvolver atividades nas escolas nas próximas semanas.