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Frota de Campinas ultrapassa os 700 mil veículos no 1º semestre de 2010


12/07/2010 - 15:43




 

Denise Pereira

 

Campinas já ultrapassou a marca de 700 mil veículos licenciados na cidade. A estimativa é da Empresa Municipal de Desenvolvimento de Campinas (EMDEC), que considerou a média mensal do crescimento da frota no último ano e aplicou a taxa de crescimento aos dados de dezembro de 2009.

 

Em seus cálculos, a EMDEC aplicou a taxa média de crescimento mensal de 0,48% à frota total em 31 de dezembro de 2009, à época de 684.530 veículos automotores, chegando-se a 704.482 unidades em 30 de junho de 2010.

 

Portanto, de acordo com a estimativa, Campinas recebeu cerca de 19.952 novos veículos nos últimos seis meses – o que representou a entrada de cerca de 110 novos veículos nas ruas da cidade, a cada dia. Esse número reafirma o crescimento contínuo da frota, uma vez que em 2008, tomaram as ruas mais 103 novos veículos/dia.

 

Campinas reduziu gastos com acidentes em 2009

 

Mesmo com o crescimento da frota de veículos automotores, o Município tem conseguido reduzir os gastos com a violência no trânsito. Em 2009, os prejuízos com os acidentes de trânsito foram reduzidos na ordem de R$ 17 milhões em Campinas. Em 2008, a cidade teve que investir 149 milhões com os custos da violência no trânsito (incluindo prejuízos materiais, sociais, previdenciários, de produção, com cuidados com a saúde, remoções, entre outros).

 

Já no ano passado (2009), a estimativa dos prejuízos não ultrapassou R$ 132 milhões, dados que comprovam uma economia significativa nos gastos com acidentes. Esses números são estimados de acordo com metodologia do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA) e da Associação Nacional de Transportes Públicos (ANTP), que, em 2003, analisaram e definiram os custos médios /prejuízos de um acidente de trânsito.


De acordo com a metodologia, um acidente com morte tem custo unitário de R$ 144.478,00; com feridos, chega a R$ 17.460,00; e, em um acidente sem vítima, os gastos estimados são de até R$ 3.262,00.

A redução dos gastos públicos e privados com os acidentes no Município está sendo divulgada neste momento pela EMDEC, porque os dados da acidentalidade em Campinas foram consolidados no final do mês de junho.

 

Com a consolidação, no total de mortes no trânsito na cidade, no ano de 2009, foram acrescidas mais duas vítimas fatais; e Campinas passou a computar 117 mortes no trânsito.

 

Vale lembrar que a EMDEC acompanha por seis meses as vítimas dos acidentes de trânsito. Esse acompanhamento de 180 dias é muito raro em todo o Brasil. Algumas cidades monitoram as vítimas por 30 ou 90 dias, e Campinas se destaca nesse trabalho.

Em 2008, o número de mortes no trânsito chegou a 138 mortes. Portanto, no comparativo anual de 2008/2009, houve uma redução de 15,9% dos números em Campinas. Fato que pesou significativamente na economia dos recursos, uma vez que só os acidentes com mortes em 2008, somaram cerca de R$ 19,9 milhões. Já em 2009, foram, de aproximadamente, R$ 16,9 milhões.

Perfil das vítimas


Do total das vítimas fatais em 2009 (117), 37 foram pedestres, representando 31,6% dos mortos; 57 pessoas que morreram no trânsito eram ocupantes de motos, 48,7% das vítimas e 23 eram ocupantes de outros veículos, representando 19,7% das vítimas fatais.

Vale ressaltar que as vítimas fatais no segmento motociclista caíram 16,2% em relação a 2008, quando 68 motociclistas ou ocupantes de motos morreram nas vias. Entretanto, a participação dos motociclistas no total de mortes é estável. Eles representaram em 2008, 49,3% dos mortos; e, em 2009, somaram 49,1 das vítimas fatais.

O levantamento também confirma que entre os motociclistas mortos no trânsito 63,1% (36 motociclistas) eram jovens – estavam na faixa etária dos 18 aos 29 anos.

Em 2009, a EMDEC ainda conseguiu apurar, mediante nova metodologia, o motivo do deslocamento das vítimas fatais motociclistas. Como esse dado não consta no Boletim de Ocorrência, foram realizadas entrevistas com familiares ou amigos das vítimas fatais.

O resultado da pesquisa revelou que 43,8% dos motociclistas que morreram no trânsito (ou seja, 21 das 48 vítimas fatais desse segmento) estavam em deslocamentos a passeio ou a lazer. 31,3% estavam em trajeto de entrada ou saída do trabalho.

Segundo a EMDEC, a participação dos motoboys (profissionais que trabalham com esse veículo) vem crescendo significativamente na mortalidade no trânsito. Em 2008, eles representavam apenas 5,7% (foram três vítimas fatais); e no ano passado, representaram 18,8% (somando 9 vítimas fatais).

Novos dados


A consolidação dos dados da acidentalidade traz ainda outras novidades: a média diária dos acidentes por faixa horária, substituindo a quantidade total; e o ranking das vias com mais acidentes, destacando-se a classificação da severidade das ocorrências.

De acordo com o levantamento da EMDEC, após uma avaliação, foi possível chegar aos horários, nos quais os acidentes acontecem com maior frequência.

As faixas horárias de maior risco de acidentes são das 7h às 8h59 e das 18h às 18h59, de segunda a sexta-feira. Nos sábados, das 11h às 11h59, coincidindo com o horário do fechamento do comércio; e aos domingos e feriados, das 16h às 16h59 e das 18h às 19h59.

Com esses dados, é possível chegar à constatação de que ao longo do ano, a faixa horária das 18h às 18h59, nos dias úteis, por exemplo, registrou em média cinco acidentes/diários de segunda a sexta-feira. Já a das 8h às 8h59, contabilizou 4 acidentes/dia, naqueles mesmos dias da semana.

A análise da EMDEC aponta que os atropelamentos têm maior incidência na faixa horária das 18h às 18h59, de segunda a sexta. Esse horário modifica-se aos sábados para o período das 19h às 19h59; e aos domingos e feriados, os atropelamentos se concentram também das 19h às 19h59 e no período das 22h às 22h59.

As vias mais violentas


No fechamento dos dados de 2009, a EMDEC também apresenta as 50 vias que registraram o maior número de acidentes. As avenidas John Boyd Dunlop, Amoreiras e Ruy Rodrigues são as três primeiras colocadas no ranking (confira os números abaixo).

No comparativo com 2008, as três vias apresentaram redução no total de acidentes, mas uma avaliação da EMDEC aponta que na Avenida Amoreiras, os acidentes registrados foram mais severos/graves.

Em relação à Avenida John Boyd Dunlop, a campeã em acidentes, vale destacar que foram contabilizados 1021 ocorrências em 2009 ao longo de toda a sua extensão, que soma cerca de 13 km.

As avenidas Amoreiras e Ruy Rodrigues, segunda e terceira colocadas, juntas, não somaram o total de acidentes da Avenida. John Boyd Dunlop. Vale lembrar que a primeira registrou 493 ocorrências e a segunda, 406 acidentes.

Entretanto, a classificação chama atenção porque traz o ranking de acordo com a severidade dos acidentes, utilizando a Unidade Padrão de Severidade (UPS), definida pelo Departamento Nacional de Trânsito (Denatran). Quanto maior a classificação, mais perigosa a via.

 

Vias                                Extensão     UPS Comparativo 2008/2009 - %

1º John Boyd Dunlop         13.180      2031                 -5,89

2º Amoreiras                    9.063      1157                +6,64

3º Ruy Rodrigues              6.997      909                -4,92

4º José de Sousa Campos  2.908      630                 -9,35

5º Orosimbo Maia              2.928       617                 -3,29

6º Moraes Salles                 3.332        612                 -20,10

7º Andrade Neves               2.621       563                 -20,70

8º Benjamin Constant         1.982       551                 -1,08

9º Francisco Glicério           2.402      498                 -12,01

10º Barão de Itapura           4.250       475                 -11,05

 

Os números do quadro apontam que apenas a Avenida Amoreiras apresentou acidentes mais severos em 2009. As demais vias todas reduziram o grau de severidade das ocorrências.

 

Álcool X Direção

 

Das 117 vítimas fatais registradas no trânsito de Campinas em 2009, o Instituto Médico Legal (IML) trabalhou com uma amostragem de 63 vítimas, o equivalente a 54% do total. Ressaltando das 63 vítimas fatais, três vítimas não foram analisadas, pois eram passageiros.

 

No universo de 60 vítimas condutoras que tiveram a dosagem alcoólica no sangue analisada, 65% (39 vítimas) apresentaram dosagem alcoólica negativa. Em 6,7% (4 vítimas) notou-se dosagem alcoólica menor que 0,6 g/l (infração de trânsito); e, em 28,3% (17) registrou-se dosagem alcoólica igual ou superior a 0,6 g/l (crime e infração de trânsito).

 

Análise da dosagem alcoólica por tipo de condutor:

 

Do total das 60 vítimas com dosagem alcoólica analisada, 38 eram motociclistas ou ocupantes de motocicletas. Para 23, a análise deu negativo. Em 14, a dosagem foi igual ou superior a 0,6g/l. E, em uma vítima, a dosagem foi menor que 0,6g/l.

 

Nove eram condutores dos demais veículos, sendo que para 6 vítimas desse grupo,  a análise deu negativo. E para 3, a dosagem foi igual ou superior a 0,6g/l.

 

E, por fim, 13 eram pedestres. Nesse segmento, 10 tiveram a análise negativa; e em 3 vítimas, a dosagem foi menor que 0,6g/l.

 

Os principais números do Balanço de Acidentes – 2009

 

Frota de veículos automotores: 684.530 veículos

Frota de Motocicletas: 97.634 motocicletas

Taxa de Motorização: 1 veículo para cada 1,56 habitantes

Total dos acidentes: 17.889 ocorrências

Acidentes sem vítimas: 13.703 ocorrências

Atropelamentos: 772 ocorrências

Vítimas fatais: 117 mortes

Perfil das vítimas fatais: 57 ocupantes de motos, 37 pedestres e 23 ocupantes de veículos

Mortalidade por 10 mil veículos: 1,71 vítima fatal por 10 mil veículos

Mortalidade por 100 mil habitantes: 10,99 vítimas por 100 mil habitantes

 

Custo Social dos Acidentes: 132 milhões (Metodologia IPEA/ANTP)

 

Saiba mais: a íntegra do Balanço dos Acidentes 2009 encontra-se disponível no site da EMDEC, no endereço www.emdec.com.br.

Crédito: EMDEC - Divulgação

Crédito: EMDEC - Divulgação