14/11/2012 - 14:55
Edmilson Siqueira
A Prefeitura de Campinas realizou na noite desta terça-feira, 13 de novembro, a segunda audiência pública sobre o Plano Local de Gestão (PLG) da Macrozona 7 (MZ7). A audiência foi aberta pelo secretário de Planejamento e Desenvolvimento Urbano, Alair Godoy que expôs ao público presente as diretrizes para a região.
A Macrozona 7 é uma das mais emblemáticas do município, pois é nela que está situado o Aeroporto Internacional de Viracopos que passa por um grande projeto de expansão. E a partir dessa expansão, devido ao adensamento populacional ocorrido na região nas últimas décadas, será necessário remanejamento de partes de bairros e preservação da condição de zona rural em outras áreas.
Durante a audiência dois grupos distintos de moradores da região se fizeram representar: o de moradores de bairros da porção urbana da MZ7 que correm o risco de remoção e o de proprietários de terras da zona rural. Ambos se pronunciaram solicitando informações e colocando propostas às autoridades presentes.
A MZ 7 está localizada na porção Sul do Município, a Macrozona 7 e compreende as regiões rural do Friburgo, do Aeroporto de Viracopos, dos jardins Campo Belo, São Domingos, Fernanda e Nova América entre outros. Com uma população de 46.681 habitantes (Censo de 2010), a MZ 7 apresentou, na última década, uma taxa de crescimento de 5,73% ao ano, maior taxa entre as macrozonas e cinco vezes maior em relação ao município de Campinas que, no mesmo período teve crescimento médio de 1,09% ao ano.
Vista pelos técnicos como uma das regiões mais complexas do Município, a região teve, nas últimas décadas, ocupação desordenada com consequente carência de infraestrutura e de serviços públicos, evidenciados pelas barreiras físicas como as Rodovias dos Bandeirantes, Lix da Cunha, corredor de exportação (linha férrea) e o próprio aeroporto, que criaram áreas isoladas dentro do mesmo território.
As propostas apresentadas, referentes aos estudos preliminares, partiram de um levantamento do uso real do solo, onde foram identificados bairros com usos residenciais e pequenos comércios, grande número de assentamentos precários, ocupações em processo de adensamento, infraestrutura precária, além dos problemas viários de acesso a Viracopos.
Debates
Após a exposição de Godoy, o público inscrito para falar foi chamado. Foram 21 inscrições que expuseram os problemas da região, deixando clara a divisão entre os moradores dos bairros que temem desapropriações e os proprietários de terras que desejam modificar o zoneamento, para que suas propriedades deixem de ser “rurais” e passem a “urbanas”, facilitando assim a futura negociação.
O crescimento desordenado da região – com muitos loteamentos clandestinos e outros sem a devida regularização – bem como a carência de infraestrutura ficaram evidentes. Alguns pronunciamentos exaltados prevendo até resistência às mudanças foram feitos.
Após as explanações dos inscritos, o secretários de Meio Ambiente, Hildebrando Herrmann, e o de Habitação, Clélio Leme, também falaram, fazendo um balanço atinente a cada uma de suas pastas em relação à MZ 7.
No encerramento da audiência, que durou pouco mais de duas horas, o secretário de Planejamento disse que compreendia as aflições que foram ali expostas e que as audiências até agora realizadas estavam cumprindo seus objetivos: “estamos tomando conhecimento dos problemas de todos na região e eu posso garantir que nada será feito sem amplos debates e sem a participação de representação de todos os interessados, como aliás, determina a lei. Vamos realizar uma reunião nesta quarta-feira e tudo que foi colocado aqui será abordado, em busca de uma solução que satisfaça a todos”.
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